segunda-feira, 17 de junho de 2013

MATERIAL DE APOIO PARA UNIFICADA - MACUNAÍMA 3º AB

Boa reflexão!
Espero que curtam...



Chamado de rapsódia por Mário de Andrade, o livro Macunaíma é construído a partir de uma série de lendas a que se misturam superstições, provérbios e anedotas. O tempo e o espaço não obedecem a regras de verossimilhança, e o fantástico se confunde com o real durante toda a narrativa.
A obra é divida em 114 capítulos e um epílogo, apresentando um tempo determinado e cronológico, mas que não dão uma impressão de linearidade.
Em busca da muiraquitã, Macunaíma percorre todo o território brasileiro e os diferentes países da Europa, tornando-se, assim, um herói sem fronteiras e sem pátria.
Opera a manifestação do maravilhoso e do mágico na realidade das personagens e constrói-se como rapsódia ou ainda como paródia de epopeia, uma vez que configura mescla dos diferentes tipos de narrativas da cultura brasileira. A formação étnica miscigenada do brasileiro.
Percebe-se uma crítica à europeização do índio, que primeiramente era negro (coisa incomum), tornando-se posteriormente branco, o que demonstra a supervalorização do branco europeu como raça superior.
O enredo é uma junção de coisas: folclore brasileiro, provérbios populares, a vida do índio e seus costumes.
O índio difere do índio de Gonçalves Dias e de José de Alencar, já que em "Macunaíma" ele é frágil, mentiroso, desonesto e infiel.
O autor modernista reúne, ludicamente, nessa obra de ficção, um farto material representativo da cultura nacional, como o folclore, os mitos, a religiosidade, a linguagem, unindo a realidade à fantasia e trazendo à tona questões sobre a identidade cultural brasileira.
O narrador, em Macunaíma, apresenta ironicamente o perfil do “herói da nossa gente”, utilizando-se de uma colagem de lendas indígenas, contadas de formas variadas, unindo diferentes estilos narrativos.
Sua principal característica é ser um texto em que o autor subverter, na linguagem literária os padrões vigentes, ao fazer conviver, sem respeitar limites geográficos, formas linguísticas oriundas das mais diversas partes do Brasil.
Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, porque ainda não encontrou sua própria definição, sua identidade, e é um "anti-herói", com características como o individualismo e a malandragem.

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