1º A e B
Literatura
*trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Quinhentismo, Barroco, Arcadismo.
Redação
* Narração
2º A e B
Literatura
*Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Simbolismo.
2º A, B e C
Língua Portuguesa
*Análise Morfológica, oração, período, termos da oração, leitura e interpretação de texto.
2º A
Redação
*Artigo de opinião
2º C
Artes
*Cultura Kadiwéu, henri Benoit Matisse, Pablo Picasso e Auto da Compadecida de Ariano Suassuna (teatro)
3º A e B
Artes
*Cultura Kadiwéu, Tarsila Do Amaral, Anita Malfatti, Cândido Portinari e Auto da Compadecida de Ariano Suassuna (teatro)
Língua Portuguesa
*Análise morfológica, análise sintática (oração, período, termos da oração, concordância nominal e verbal, regência nominal e verbal, crase), texto: leitura e interpretação.
3º A
Literatura
*Modernismo brasileiro (1ª, 2ª e 3ª fase).
Espaço para exibição dos trabalhos da escola e troca de informações sobre educação e as aulas.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
C O N V I T E
Familiares, amigos e professores dos alunos do 3º A, B, C e 2ª fase do ADA (Adventor Divino de Almeida), convidamos vocês para participarem da colação de grau de conclusão do Ensino Médio. A presença de vocês é muito importante para nós e principalmente para os nossos formandos.
Obrigada!
Conteúdo Unificada 4 º Bimestre
1º A e B
L I T E R A T U R A
* Quinhentismo
* Barroco
* Arcadismo
2º A , B e C
P O R T U G U Ê S
* Sujeito, predicado, verbo transitivo direto, verbo transitivo indireto, verbo intransitivo, verbo de ligação, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, advérbio, complemento nominal, adjunto adnominal, análise morfológica e interpretação de texto.
2º A e B
L I T E R A T U R A
* Parnasianismo
* Simbolismo
3º A e B
P O R T U G U Ê S
* Sujeito, predicado, verbo transitivo direto, verbo transitivo indireto, verbo intransitivo, verbo de ligação, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, advérbio, complemento nominal, adjunto adnominal, análise morfológica, regência nominal e verbal, crase e interpretação de texto.
3º A
L I T E R A T U R A
* 3ª Fase do Modernismo
BONS ESTUDOS!
L I T E R A T U R A
* Quinhentismo
* Barroco
* Arcadismo
2º A , B e C
P O R T U G U Ê S
* Sujeito, predicado, verbo transitivo direto, verbo transitivo indireto, verbo intransitivo, verbo de ligação, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, advérbio, complemento nominal, adjunto adnominal, análise morfológica e interpretação de texto.
2º A e B
L I T E R A T U R A
* Parnasianismo
* Simbolismo
3º A e B
P O R T U G U Ê S
* Sujeito, predicado, verbo transitivo direto, verbo transitivo indireto, verbo intransitivo, verbo de ligação, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, advérbio, complemento nominal, adjunto adnominal, análise morfológica, regência nominal e verbal, crase e interpretação de texto.
3º A
L I T E R A T U R A
* 3ª Fase do Modernismo
BONS ESTUDOS!
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Redação no ENEM
SAIBA COMO FAZER UMA BOA REDAÇÃO NO
ENEM
A temática mais voltada para o social e a aplicação dos cinco conceitos
explorados na prova objetiva são os principais pontos que a diferencia das
demais. O texto deve ser estruturado na
forma de prosa do tipo dissertativo-argumentativo, uma preocupação com a
reflexão."O Enem quer formar cidadãos, pessoas com uma visão global do que acontece ao seu redor e capazes de opinar sobre isso", explica Osmar Junqueira Lima, professor de português e literatura do Instituto Henfil, ONG paulista que oferece cursos de preparação para a prova.
Apesar de ter uma estrutura semelhante às redações dos vestibulares comuns, o texto a ser redigido na prova do Enem exige do aluno um raciocínio mais homogêneo e completo. Para Lima, a palavra que define a redação é "interdisciplinaridade". Ou seja, "o aluno deve saber enxergar os acontecimentos como um todo, não em quadros isolados".
Em termos práticos, um tema será apresentado, e o candidato deverá desenvolver suas idéias sobre este assunto de forma coerente e organizada. "Isso significa levantar uma tese nas primeiras linhas, desenvolvê-la e defendê-la nos parágrafos seguintes", diz a professora de português do Cursinho da Poli, Cássia Diniz Moraes.
Isso fica claro nas competências de avaliação da prova objetiva, cobradas de uma forma um pouco diferente na questão da redação.
A competência I
Referente ao domínio da linguagem, aplicada à redação, significa fazer uso da norma culta da língua portuguesa. Serão examinados aspectos como a concordância verbal e nominal, pontuação, ortografia e acentuação. "Não adianta o aluno ter uma boa proposta para o tema, se não domina o conteúdo gramatical".A competência II
Consiste em saber construir e aplicar conceitos e compreender fenômenos. Na redação, isso significa compreender a proposta e aplicar os conceitos conhecidos para desenvolver este assunto. Feito isso, o candidato deve saber selecionar e hierarquizar o seu conhecimento para responder a questão apresentada pelo tema, exigência que caracteriza a competência III. "A prioridade no Enem é saber inter-relacionar os conteúdos".A temática, talvez o aspecto mais peculiar do Enem, geralmente propõe abordagens sociais, como violência, política e educação. Temas mais polêmicos implicam em um bom conhecimento do assunto.
É aí que entra a competência IV. Ela exige do candidato saber construir um argumento consistente, ou seja, por meio dos conceitos selecionados e hierarquizados, defender um ponto de vista. Fazer isso, obriga o aluno a saber o que está falando.
Ao desenvolver a questão apresentada, o candidato deve incluí-las em um contexto de diversidade cultural e respeito aos valores humanos e apresentar propostas de intervenção solidária na realidade, que é a competência V. Isso significa pensar em cidadania.
E ser cidadão é refletir sobre os problemas que afetam a sociedade, desenvolver uma opinião e procurar soluções. Fazendo isso, o candidato alcança os cinco tópicos propostos pelo Enem e "dá um passo para participar da sociedade do futuro".
Separamos as técnicas
de redação em 3 pontos para facilitar o processo de
aprendizagem.
I - NARRAÇÃO
Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que
algo é CONTADO possui os seguintes elementos, que fatalmente surgem conforme um
fato vai sendo narrado:
onde ?
|
quando?
---
FATO --- com quem?
|
como?
|
A representação acima quer dizer que, todas as vezes que
uma história é contada (é NARRADA), o narrador acaba sempre contando onde,
quando, como e com quem ocorreu o episódio.
É por isso que numa narração predomina a AÇÃO: o texto narrativo é um
conjunto de ações; assim sendo, maioria dos VERBOS que compõem esse tipo de
texto são os VERBOS DE AÇÃO. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo,
ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome de ENREDO.
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas
PERSONAGENS, que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está
sendo contado ("com quem?" do quadro acima). As personagens são
identificadas (=nomeadas) no texto narrativo pelos SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes( mesmo sem
querer) ele acaba contando "onde" (=em que lugar) as ações do
enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma ação ou
ações é chamado de ESPAÇO, representado no texto pelos ADVÉRBIOS DE
LUGAR.
Além de contar onde , o narrador também pode esclarecer
"quando" ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é
o TEMPO, representado no texto narrativo através dos tempos verbais, mas
principalmente pelos ADVÉRBIOS DE TEMPO.
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele
que indica ao leitor "como" o fato narrado aconteceu. A história
contada, por isso, passa por uma INTRODUÇÃO (parte inicial da história, também
chamada de prólogo), pelo DESENVOLVIMENTO do enredo (é a história propriamente
dita, o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e
termina com a CONCLUSÃO da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a
história é o NARRADOR, que pode ser PESSOAL (narra em 1a pessoa : EU...)
ou IMPESSOAL (narra em 3a. pessoa: ELE...).
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos
de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos substantivos
que nomeiam as personagens, que são os agentes do texto, ou seja, aquelas
pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria
história contada.
II - DESCRIÇÃO
Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum
lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação
aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar
um ser. É "fotografar" com palavras.
No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais
adequados (mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER,
FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as
características - representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos
seres caracterizados - representados pelos SUBSTANTIVOS.
Ex. O pássaro é azul . 1-Caractarizado: pássaro /
2-Caracterizador ou característica: azul / O verbo que liga 1 com 2 : é
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações
objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do
ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não-físicas
do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo!
(carcterização subjetiva).
III - DISSERTAÇÃO
Além da narração e da descrição há um terceiro tipo de
redação ou de discurso: a DISSERTAÇÃO.
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a
respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve
em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira
convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo
leitor ; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas,
comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem ARGUMENTADAS (argumentar=
convencer, influenciar, persuadir). A argumentação é o elemento mais importante
de uma dissertação.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu
autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de
outra pessoa ( de prestígio, famosa, especialista no assunto, alguém...), ou
seja, de maneira IMPESSOAL, OBJETIVA e sem prolixidade ("encher
lingüiça"): que a dissertação seja elaborada com VERBOS E PRONOMES EM TERCEIRA PESSOA. O
texto impessoal soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos
objetivos de quem disserta.
Na dissertação, as idéias devem ser colocadas de
maneira CLARA E COERENTE e organizadas de maneira LÓGICA:
a) o elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz
de maneira coerente e lógica através das CONJUNÇÕES (=conectivos) -
coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira introduzir e
defender; é por isso que as conjunções são chamadas de MARCADORES
ARGUMENTATIVOS.
b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas
e coerentes: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.
A introdução é a parte em que se dá a
apresentação do tema, através de um CONCEITO ( e conceituar é GENERALIZAR, ou
seja, é dizer o que um referente tem em comum em relação aos outros seres da
sua espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s) que ele sugere, que deve ser
seguido de um PONTO DE VISTA e de seu ARGUMENTO PRINCIPAL. Para que a
introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos:
1. Transforme o tema numa pergunta;
2. Responda a pergunta ( e obtém-se o PONTO DE
VISTA);
3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o
ARGUMENTO).
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o
argumento principal, ou seja, os ARGUMENTOS AUXILIARES e os FATOS-EXEMPLOS (
verdadeiros, reconhecidos publicamente).
A conclusão é a parte final da redação
dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" resumidamente ( se
possível, numa frase) todas as idéias do texto para que o PONTO DE VISTA
inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.
Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 1. Entenda
bem o tema; 2. Reflita a respeito dele;3. Passe para o papel as idéias que o
tema lhe sugere; 4. Faça a organização textual ( o "esqueleto do
texto"), pois a quantidade de idéias sugeridas pelo tema é igual a
quantidade de parágrafos que a dissertação terá no DESENVOLVIMENTO do
texto.
Sugestão de iniciar a conclusão: Portanto, faz-se
necessário um/uma...
REGRA NORMATIVA
SINTAXE DE
CONCORDÂNCIA
Concordância Verbal e Nominal
Observe:
As crianças estão animadas.
Crianças animadas.
|
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira
pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, as crianças. No segundo
exemplo, o adjetivo animadas está concordando em gênero (feminino) e
número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois
exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem.
Concordância é a correspondência de flexão
entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.
|
Por Cristiana Gomes
|
Conjunção é a palavra invariável que liga
duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
CLASSIFICAÇÃO- Conjunções Coordenativas
- Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em:
- ADITIVAS: expressam a idéia de adição, soma.
Observe os exemplos:
- Ela foi ao cinema e ao teatro.
- Minha amiga é dona-de-casa e professora.
- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.
- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também.
- ADVERSATIVAS
Expressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:
- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.
- Ela trabalha muito mas ganha pouco.
- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.
- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.
ALTERNATIVAS
Expressam idéia de alternância.
- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
- Minha cachorra ora late ora dorme.
- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.
Principais conjunções alternativas: Ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já.
CONCLUSIVAS
Servem para dar conclusões às orações. Exemplos:
- Estudei muito por isso mereço passar.
- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.
- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
EXPLICATIVAS
Explicam, dão um motivo ou razão:
- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
CAUSAIS
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos:
- Não pude comprar o CD porque estava em falta.
- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.
COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão…como, mais…do que, menos…do que.
- Ela fala mais que um papagaio.
CONCESSIVAS
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma idéia de “apesar de”.
- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)
- Apesar de ter chovido fui ao cinema.
CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante
- Cada um colhe conforme semeia.
- Segundo me disseram a casa é esta.
Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade.
CONSECUTIVAS
Expressam uma idéia de conseqüência.
Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”).
- Falou tanto que ficou rouco.
- Estava tão feliz que desmaiou.
FINAIS
Expressam idéia de finalidade, objetivo.
- Todos trabalham para que possam sobreviver.
- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),
PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.
- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.
TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
- Quando eu sair, vou passar na locadora.
- Chegamos em casa assim que começou a chover.
- Mal chegamos e a chuva desabou.
Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a “logo que”.
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e conseqüência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las.
Observe os exemplos:
- Correram tanto, que ficaram cansados.
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência.
Ficaram cansados porque correram muito.
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.
EXEMPLO DE DISSERTAÇÃO
Quando a educação faz a diferença
Em se tratando de desigualdade social, o Brasil é comparado até mesmo aos países mais pobres da África. Um grave sintoma desse fenômeno social é revelado pela disparidade na qualidade da educação, se comparados o ensino público e o privado.
Sabe-se perfeitamente que as condições físicas,
institucionais e até curriculares das escolas públicas são lastimáveis. Se o
ensino oferecido pelo estado não propicia nem mesmo a aprovação em
vestibulares, também torna-se duvidosa a sua competência em proporcionar
consciência política e social aos estudantes, a fim de torná-los cidadãos.
O mesmo não ocorre em colégios cuja administração é
privada. Atualmente, paga-se caro para freqüentar uma instituição de ensino
particular, contudo o aluno usufrui de uma estrutura que o ampara em suas necessidades,
no que se refere ao aprendizado.
O que geralmente não se leva em consideração é que muitos
professores do ensino público lecionam com louvor em instituições privadas.
Certamente, porque gozam de uma remuneração mais condizente à sua função, de
melhor infra-estrutura e do interesse por parte da maioria do alunado.
Obviamente, também por causa do maior rigor por parte da administração do
estabelecimento, que exige excelência em suas atividades.
A defasagem do sistema público de educação, por falta de
investimento, é gritante. Caso não se crie a consciência – do governo e da
população – de que a formação escolar de um indivíduo pode levá-lo à ascensão
social, o país não apresentará crescimento satisfatório e não haverá
possibilidades reais de erradicação da grave discrepância na distribuição de
renda.
Os
temas solicitados até agora foram:
Ano
|
Tema
|
Temática
|
1998
|
Viver e aprender
|
Vida, conhecimento
|
1999
|
Cidadania e participação social
|
Cidadania
|
2000
|
Direitos da criança e do adolescente: como
enfrentar este desafio nacional?
|
Direitos, adolescente
|
2001
|
Desenvolvimento e preservação ambiental: como
conciliar os interesses em conflito?
|
Desenvolvimento social
|
2002
|
O direito de votar: como fazer desta conquista um
meio para promover as transformações sociais...
|
Direitos do cidadão
|
2003
|
A violência na sociedade brasileira: como mudar
as regras deste jogo?
|
Violência
|
2004
|
Como garantir a liberdade de informação e evitar
abusos nos meios de comunicação?
|
Liberdade
|
2005
|
O trabalho infantil na sociedade brasileira
|
Trabalho infantil
|
2006
|
O poder de transformação da leitura
|
Leitura e mudanças
|
2007
|
O desafio de se conviver com as diferenças
|
Convivência, diferenças
|
2008
|
A preservação da floresta amazônica
|
Preservação, ambiente
|
2009
|
O indivíduo frente à ética nacional
|
Ética
|
2010
|
O trabalho na construção da dignidade humana
|
Trabalho e dignidade
|
2011
|
Viver em rede no século XXI: os
limites entre o público e o privado
|
Novas tecnologias, redes sociais
|
Todo aluno que está concluindo o Ensino Médio sabe que sua aprovação nos vestibulares e no Enem, depende de estar em dia com temas da atualidade. Por isso, a leitura reflexiva de revistas e jornais é uma prática obrigatória.
Segundo
especialistas, os exames de seleção exigem que o aluno seja capaz de ir além da
informação e demonstre capacidade de interpretar e analisar fatos, situações,
problemas e contextos locais, regionais e internacionais.
Uma das características do Enem
é apresentar questões com enunciados longos e com muita informação. Por isso, a
fluência na leitura ajuda muito a passa por essa fase com muito mais
facilidade.
Por último, saber pensar,
correlacionar fatos, causas, efeitos e produzir boas argumentações em torno de
temas da atualidade é o fator que mais contribui para sair bem nos exames para
ingresso na Universidade.
Mas, lembre-se: saber disso e
não treinar na arte e na técnica de escrever bem é a mesma coisa que saber
todas as regras do futebol e ir para a partida de decisão do campeonato sem ter
feito nenhum treino...
Lista
de palavras-chaves para possíveis temas de redação do ENEM 2012
Adolescência
Aprendizagem
Aquecimento global
Brasil
Cidades
Cidadania
Conflito
Copa 2014
Corrupção
Cotas
Crise econômica global
Cultura
Educação
Eleições municipais
Empreendedorismo
ENEM
|
Democracia
Desarmamento
Desastres naturais
Desenvolvimento
Desigualdade
Energia (nuclear)
Ensino
Escola
Ética
Família
Futuro
Geopolítica
Globalização
Guerra
Mercado de trabalho
Mulher
|
Mundo
Natureza
Homofobia
Igualdade
Indivíduo
Inflação
Informação
Juventude
Liberdade
Meio ambiente (CF)
Nova classe média
Olimpíadas 2016
Oriente
Plebiscito
Vida
Violência
|
Política
Preconceito
Preservação
Primeiro emprego
Problema
Profissão
Saúde
Segurança
Sociedade
Solução
Tecnologia (Web, RS)
Trabalho
Transformação
|
sábado, 20 de outubro de 2012
Educação
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Blogada
Bom dia! Manhã de sábado, compartilhada com colegas de trabalho para estudos sobre como melhor trabalhar a ferramenta do blog no processo de ensino aprendizagem.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Conteúdo para UnificADAs
Língua Portuguesa
2º ano, turmas: A, B, C.
*verbo;
*advérbio;
*texto: leitura e interpretação
Dica para estudo: acesse o site do Só Português e confira o conteúdo. Há no site teoria e exercícios. Bons estudos!
3º ano, turmas: A, B.
*concordânica nominal;
*concordância verbal;
*oração subordinada adjetiva;
*texto: leitura e interpretação.
Dica para estudo: acesse o site do Só Português e confira o conteúdo. Há no site teoria e exercícios. Bons estudos!
Literatura
1º ano, turmas: A,B.
*Antero de Quintal;
*Eça de Queiroz;
*Machado de Assis;
*O cortiço;
*O primo Basílio;
*Madame Bovary;
*Dom Casmurro;
*Memórias Póstumas Brás Cubas
*Realismo/Naturalismo: Portugal e Brasil.
Dica para estudo: acesse o site do Brasil Escola e confira o conteúdo. Há no site teoria e exercícios. Bons estudos!
*Henri Matisse - biografia
*Henri Matisse - obras
*Arte Kadiwéu
*Pablo Picasso - biografia
*Pablo Picasso - obras
*Tarsila do Amaral;
*Cândido Portinari
*Arte Kadiwéu
2º ano, turmas: A, B, C.
*verbo;
*advérbio;
*texto: leitura e interpretação
Dica para estudo: acesse o site do Só Português e confira o conteúdo. Há no site teoria e exercícios. Bons estudos!
3º ano, turmas: A, B.
*concordânica nominal;
*concordância verbal;
*oração subordinada adjetiva;
*texto: leitura e interpretação.
Dica para estudo: acesse o site do Só Português e confira o conteúdo. Há no site teoria e exercícios. Bons estudos!
*Antero de Quintal;
*Eça de Queiroz;
*Machado de Assis;
*O cortiço;
*O primo Basílio;
*Madame Bovary;
*Dom Casmurro;
*Memórias Póstumas Brás Cubas
*Realismo/Naturalismo: Portugal e Brasil.
Dica para estudo: acesse o site do Brasil Escola e confira o conteúdo. Há no site teoria e exercícios. Bons estudos!
Artes
2º ano, turma:C
*Arte kadiwéu;
*henri Matisse;
*Pablo Picasso.
Dica para estudo: acesse os sites a seguir sobre os conteúdos e confira o conteúdo. Bons estudos!*Henri Matisse - biografia
*Henri Matisse - obras
*Arte Kadiwéu
*Pablo Picasso - biografia
*Pablo Picasso - obras
3º ano, turma: A,B
*Anita Malafatti;*Tarsila do Amaral;
*Cândido Portinari
*Arte Kadiwéu
domingo, 24 de junho de 2012
Modernismo 1ª fase
Brás, Bexiga e Barra Funda
- Antônio de A. Machado
Análise da obra
Alcântara Machado publicou Brás, Bexiga e Barra Funda, em 1927, sendo sua segunda publicação. A obra, da primeira fase do Modernismo, tem, ao invés de um prólogo, um artigo de fundo e o autor confessa que os contos não nasceram contos, mas sim notícias. Alcântara Machado busca fixar tão somente alguns aspectos da vida quotidiana dos novos mestiços nacionais e nacionalistas. Seu processo lingüístico é imitável, inimitável é o espírito, o estilo, animado por uma verve, uma graça e um humor absolutamente pessoais.
Estrutura
O livro é montado através de pequenos quadros sobre o cotidiano pobres de São Paulo, juntando episódios de rua, que o próprio autor intitulava de “notícias”. São 11 contos da mais bem-humorada prosa cubo-futurista, onde vai juntando quadros urbanos que ficam entre a crônica, a notícia e o conto leve.
É possível estabelecer uma aproximação entre Alcântara Machado e Lima Barreto pela atitude jornalística de ambos e pela preferência na retratação do proletariado — os filhos dos carcamanos, no primeiro, e o homem do subúrbio, no segundo.
Os contos mantêm uma característica fundamental do gênero que é a densidade. Todos são curtos e apresentam os elementos mínimos indispensáveis, sem alongar-se em qualquer descrição de cenário ou de personagem. Apresenta apenas os dados essenciais para que a narrativa possa ancorar no espaço desejado, valorizando o mapeamento da cidade, por isso, são freqüentes as citações de nome de ruas e de bairros.
Espaço / Tempo
O espaço é essencialmente urbano, com suas dificuldades e com a luta das pessoas para nele se adaptarem. Podemos dividi-lo em espaço interno, fechado, mostrando as pessoas em casa, no seu viver cotidiano, seja numa condição não muito comum, como o velório, seja na rotina diária, como uma refeição ou conversação informal.
O tempo é cronológico e alguns contos apresentam unidade de tempo, como: Lisetta, Corinthians (2) x. Palestra (1), O monstro de rodas, Armazém Progresso de São Paulo, desenvolvendo-se a ação num só dia. Outros contos, porém, já não apresentam essa unidade, com a ação alongando-se por mais de um dia, numa seqüência revelada de modo elíptico, muitas vezes representado simbolicamente pela duplicação do espaço em branco, que separa um parágrafo do outro, uma ação da outra, num corte cinematográfico. Exemplo disso são os contos: Gaetaninho, Carmela, Tiro-de-guerra nº 35, Amor e sangue, A sociedade, Nacionalidade.
Foco narrativo
Narrado em 3ª pessoa a modernidade se revela através do jogo de fragmentos, reunindo lances da vida urbana de imigrantes e paulistas tradicionais numa cidade em franco progresso. Entre os elementos mais destacadamente modernos do livro, está a sua forma narrativa, feita em blocos, que funcionam como cenas.
O principal processo narrativo em Brás, Bexiga e Barra Fundaé o diálogo — o diálogo ponto de vista da narrativa, o diálogo revelador de caracteres e o diálogo sugestão de ambientes, ou ainda o discurso indireto vivo, uma forma de dialogação polifônica.
No conto Gaetaninho, esses processos realizam-se através da libertação da construção tradicional da frase e do aproveitamento da vivacidade do coloquial, na visão do menino que brinca, é castigado, sonha com a morte da tia só para andar de carro e morre atropelado.
Linguagem
Quanto à linguagem propriamente dita, ela é o elemento igualmente central do caráter moderno do livro. Uma das marcas de Brás, Bexiga e Barra Funda é a leveza conseguida por meio do discurso direto, predominante na obra. As personagens têm a oportunidade de falar diretamente por meio dos diálogos, exprimindo suas emoções, tristezas e esperanças com toda a carga expressiva e a coloquialidade que lhes é característica. Os diálogos propiciam também maior sensação de realismo e de proximidade entre personagens e leitor. A história ganha em dinamismo e, graças à sutil ironia de Alcântara Machado, em humor. Além do mais, a leitura dos 11 pequenos contos reunidos nesta obra faz que sintamos o processo de abrasileiramento do italiano.
Antônio de Alcântara Machado traz na linguagem uma marca muito própria dos modernistas da primeira geração: a recusa à linguagem empolada, retórica, cheia de volteios. Ao contrário sua linguagem é marcada pelo estilo telegráfico, conciso. As frases são na sua maioria formadas por orações coordenadas e curtas, garantindo sempre um mesmo ritmo ao texto:
Foi-se chegando devagarinho, devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho. Estudando o terreno. Diante da mãe e do Chinelo parou. Balançou o corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas deu meia volta e varou pela esquerda porta adentro.
Personagens
Os personagens são “planos”, superficiais, não apresentam transformações surpreendentes durante a narrativa. As personagens são apresentadas de modo sumário e rápido, embora não seja uma caricatura, apesar do humor. Alguns são verdadeiros tipos como Carmela e Salvatore Melli, mas outros também apresentam uma base psicológica como Gaetaninho.
Na busca pela adaptação cultural e econômica, encontramos as costureirinhas curiosas pelo mundo do qual não fazem parte, mas conscientes de que devem continuar a fazer suas famílias na colônia, as crianças vítimas do preconceito, da pobreza e da injustiça que cerca o imigrante de classe mais baixa, os comerciantes gananciosos e suas famílias buscando uma posição social, os jovens trabalhadores e apaixonados, os quatrocentões paulistas, nobres e falidos, diante dos “carcamanos” endinheirados e “sem berço”.
Problemática e temas principais
Os temas mais recorrentes nos contos da obra em análise são:
1. A luta do Italiano pobre para conseguir seu dinheiro (Tiro-de-Guerra nº 35, Nacionalidade).
2. Ascensão social do italiano (Notas Biográficas do Novo Deputado, Nacionalidade).
3. Integração do italiano com o brasileiro (A Sociedade).
4. O despreparo da cidade e dos adultos com relação à criança que não tem um espaço adequado nem uma atenção necessária, quebrando a cara e a cabeça (Gaetaninho, O Monstro de Rodas).
5. Crítica social — Embora tenha avisado no “artigo de fundo” que não faria crítica ou denúncia social, podemos dizer que não é verdade, embora não o faça como narrador, mas coloca na boca das personagens várias pílulas críticas como em O Monstro de Rodas, quando alguém comenta: “Não conhece a podridão da nossa imprensa. Que o quê, meu nego. Filho de rico manda nesta terra que nem a Light. Pode matar sem medo. É ou não é, seu Zamponi?”
6. Obra datada — Sua obra fica prejudicada por determinadas técnicas que tornam a obra muito datada, dificultando para os leitores jovens de hoje a sua total apreensão. Algumas dessas técnicas são:
— emprego de gírias que já foram esquecidas (estava achando um suco = achava muito bom);
— nome de produtos que deixaram de ser fabricados (cláxon);
— o mapearmento da cidade de São Paulo (Rua do Gazômetro, Rua do Oriente);
7. Nomes de firmas ou de lojas que deixaram de existir (vestido do Camilo, Ao Chic Parisiense);
8. Referências a fatos ou acontecimentos que desapareceram da memória de quase todo mundo.
Alcântara Machado publicou Brás, Bexiga e Barra Funda, em 1927, sendo sua segunda publicação. A obra, da primeira fase do Modernismo, tem, ao invés de um prólogo, um artigo de fundo e o autor confessa que os contos não nasceram contos, mas sim notícias. Alcântara Machado busca fixar tão somente alguns aspectos da vida quotidiana dos novos mestiços nacionais e nacionalistas. Seu processo lingüístico é imitável, inimitável é o espírito, o estilo, animado por uma verve, uma graça e um humor absolutamente pessoais.
Estrutura
O livro é montado através de pequenos quadros sobre o cotidiano pobres de São Paulo, juntando episódios de rua, que o próprio autor intitulava de “notícias”. São 11 contos da mais bem-humorada prosa cubo-futurista, onde vai juntando quadros urbanos que ficam entre a crônica, a notícia e o conto leve.
É possível estabelecer uma aproximação entre Alcântara Machado e Lima Barreto pela atitude jornalística de ambos e pela preferência na retratação do proletariado — os filhos dos carcamanos, no primeiro, e o homem do subúrbio, no segundo.
Os contos mantêm uma característica fundamental do gênero que é a densidade. Todos são curtos e apresentam os elementos mínimos indispensáveis, sem alongar-se em qualquer descrição de cenário ou de personagem. Apresenta apenas os dados essenciais para que a narrativa possa ancorar no espaço desejado, valorizando o mapeamento da cidade, por isso, são freqüentes as citações de nome de ruas e de bairros.
Espaço / Tempo
O espaço é essencialmente urbano, com suas dificuldades e com a luta das pessoas para nele se adaptarem. Podemos dividi-lo em espaço interno, fechado, mostrando as pessoas em casa, no seu viver cotidiano, seja numa condição não muito comum, como o velório, seja na rotina diária, como uma refeição ou conversação informal.
O tempo é cronológico e alguns contos apresentam unidade de tempo, como: Lisetta, Corinthians (2) x. Palestra (1), O monstro de rodas, Armazém Progresso de São Paulo, desenvolvendo-se a ação num só dia. Outros contos, porém, já não apresentam essa unidade, com a ação alongando-se por mais de um dia, numa seqüência revelada de modo elíptico, muitas vezes representado simbolicamente pela duplicação do espaço em branco, que separa um parágrafo do outro, uma ação da outra, num corte cinematográfico. Exemplo disso são os contos: Gaetaninho, Carmela, Tiro-de-guerra nº 35, Amor e sangue, A sociedade, Nacionalidade.
Foco narrativo
Narrado em 3ª pessoa a modernidade se revela através do jogo de fragmentos, reunindo lances da vida urbana de imigrantes e paulistas tradicionais numa cidade em franco progresso. Entre os elementos mais destacadamente modernos do livro, está a sua forma narrativa, feita em blocos, que funcionam como cenas.
O principal processo narrativo em Brás, Bexiga e Barra Fundaé o diálogo — o diálogo ponto de vista da narrativa, o diálogo revelador de caracteres e o diálogo sugestão de ambientes, ou ainda o discurso indireto vivo, uma forma de dialogação polifônica.
No conto Gaetaninho, esses processos realizam-se através da libertação da construção tradicional da frase e do aproveitamento da vivacidade do coloquial, na visão do menino que brinca, é castigado, sonha com a morte da tia só para andar de carro e morre atropelado.
Linguagem
Quanto à linguagem propriamente dita, ela é o elemento igualmente central do caráter moderno do livro. Uma das marcas de Brás, Bexiga e Barra Funda é a leveza conseguida por meio do discurso direto, predominante na obra. As personagens têm a oportunidade de falar diretamente por meio dos diálogos, exprimindo suas emoções, tristezas e esperanças com toda a carga expressiva e a coloquialidade que lhes é característica. Os diálogos propiciam também maior sensação de realismo e de proximidade entre personagens e leitor. A história ganha em dinamismo e, graças à sutil ironia de Alcântara Machado, em humor. Além do mais, a leitura dos 11 pequenos contos reunidos nesta obra faz que sintamos o processo de abrasileiramento do italiano.
Antônio de Alcântara Machado traz na linguagem uma marca muito própria dos modernistas da primeira geração: a recusa à linguagem empolada, retórica, cheia de volteios. Ao contrário sua linguagem é marcada pelo estilo telegráfico, conciso. As frases são na sua maioria formadas por orações coordenadas e curtas, garantindo sempre um mesmo ritmo ao texto:
Foi-se chegando devagarinho, devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho. Estudando o terreno. Diante da mãe e do Chinelo parou. Balançou o corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas deu meia volta e varou pela esquerda porta adentro.
Personagens
Os personagens são “planos”, superficiais, não apresentam transformações surpreendentes durante a narrativa. As personagens são apresentadas de modo sumário e rápido, embora não seja uma caricatura, apesar do humor. Alguns são verdadeiros tipos como Carmela e Salvatore Melli, mas outros também apresentam uma base psicológica como Gaetaninho.
Na busca pela adaptação cultural e econômica, encontramos as costureirinhas curiosas pelo mundo do qual não fazem parte, mas conscientes de que devem continuar a fazer suas famílias na colônia, as crianças vítimas do preconceito, da pobreza e da injustiça que cerca o imigrante de classe mais baixa, os comerciantes gananciosos e suas famílias buscando uma posição social, os jovens trabalhadores e apaixonados, os quatrocentões paulistas, nobres e falidos, diante dos “carcamanos” endinheirados e “sem berço”.
Problemática e temas principais
Os temas mais recorrentes nos contos da obra em análise são:
1. A luta do Italiano pobre para conseguir seu dinheiro (Tiro-de-Guerra nº 35, Nacionalidade).
2. Ascensão social do italiano (Notas Biográficas do Novo Deputado, Nacionalidade).
3. Integração do italiano com o brasileiro (A Sociedade).
4. O despreparo da cidade e dos adultos com relação à criança que não tem um espaço adequado nem uma atenção necessária, quebrando a cara e a cabeça (Gaetaninho, O Monstro de Rodas).
5. Crítica social — Embora tenha avisado no “artigo de fundo” que não faria crítica ou denúncia social, podemos dizer que não é verdade, embora não o faça como narrador, mas coloca na boca das personagens várias pílulas críticas como em O Monstro de Rodas, quando alguém comenta: “Não conhece a podridão da nossa imprensa. Que o quê, meu nego. Filho de rico manda nesta terra que nem a Light. Pode matar sem medo. É ou não é, seu Zamponi?”
6. Obra datada — Sua obra fica prejudicada por determinadas técnicas que tornam a obra muito datada, dificultando para os leitores jovens de hoje a sua total apreensão. Algumas dessas técnicas são:
— emprego de gírias que já foram esquecidas (estava achando um suco = achava muito bom);
— nome de produtos que deixaram de ser fabricados (cláxon);
— o mapearmento da cidade de São Paulo (Rua do Gazômetro, Rua do Oriente);
7. Nomes de firmas ou de lojas que deixaram de existir (vestido do Camilo, Ao Chic Parisiense);
8. Referências a fatos ou acontecimentos que desapareceram da memória de quase todo mundo.
Alcântara Machado nasceu dentro do espírito modernista de 1922. Em 1927,
publicou uma seleção de pequenos contos que batizou com o título de Brás,
Bexiga e Barra Funda. Os 11 contos que compõem a obra nasceram da
experiência do autor como jornalista e, portanto, apresentam o sabor da
notícia. Como cenário, tem três bairros paulistanos, nítida ambientação
ítalo-brasileira. O autor defende a tese
de que alguns imigrantes, principalmente o italiano, trazem em si a alegria, o
canto e a movimentação. Ao pisarem o solo brasileiro, carregam a força do trabalho
e a vontade de se saírem bem na nova terra. Ao se adaptarem, misturam-se de
forma espontânea, a ponto de se confundirem com a paisagem. Os personagens,
moços e moças, adultos e velhos são captados de maneira singela, revelando com
traços estilizados seus jeitos de ser, pensar, viver, que influenciarão
definitivamente a cultura paulistana. Alcântara Machado observa-os como um
repórter, denominando-os de "novos mestiços", fixando aspectos da
vida, do trabalho e do cotidiano dessa gente simples, simpática, aberta e
batalhadora. Cada conto se transforma em flashes dos bairros registrados e o
enredo, jornalisticamente, vai-se transformando em crônicas da cidade durante a
década de 20. A obra apresenta excelente investigação da influência que o
imigrante trouxe inclusive para o linguajar paulistano, revelando no autor o
artista consciente de que o literato é também um historiador, ao observar a
realidade urbana que o cerca.
A SEGUIR RESUMO DOS CONTOS
Gaetaninho - Gaetaninho
era um menino dos mamalucos formado. Era pobre, muito pobre. Andava de carro só
em interro ou casamento. Sonhava estar andando de carro. Era apenas um sonho.
Sonho difícil de se realizar graças à pobreza. Um dia jogando bola Gaetaninho
foi atropelado por um bonde e morreu. No bonde vinha seu pai. Agora o que era
sonho se tornara realidade. Gaetaninho agora andava de carro. E no carro da
frente, dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima.
Carmela - Carmela e
Bianca saem juntas do serviço. Carmela é linda e possui um lindo corpo. Ela é
admirada por todos que passam por ela. Bianca é estrábica e feia e, por isso, é
apenas a sentinela da companheira. Carmela, porém, não gosta de ser admirada
como é. Bianca adoraria ser, mas não é. Os únicos homens que chegavam para
conversar com Bianca era para perguntar algo ou mandar algum recado para a
amiga. Como um rapaz chamado por caixa-d’óculos pede a Bianca que avise a amiga
que ele a espera às oito horas atrás da igreja Santa Cecília. Bianca avisa.
Carmela da uma de durona mas vai. No encontro caixa-d’óculos convida Carmela a
um passeio de carro. Ela só aceita na condição de que Bianca vá junto. Os dias
passam e Carmela agora diz a Bianca que nos próximos passeios ela não irá junto
por pedido de caixa-d’óculos. Bianca se irrita. Bianca quando nervoso rói as
unhas todas e sai. No passeio encontra Ernestinha. Esta pergunta, a Bianca
sofre o Angelo companheiro de serviço de Bianca. Esta diz que é pra casar.
Ernestina se assusta
Tiro de Guerra n* 35 - No Grupo Escolar da Barra Funda, Aristodemo Guggiani ficou sabendo que o
Brasil foi descoberto sem querer e que é o país maior, mais belo e mais rico do
mundo. O professor Seu Serafim fazia, no final da aula, os alunos contarem o
hino nacional e o da bandeira. Quando o sinal batia o pessoal saia vaiando Seu
Serafim. Aristodermo saia da escola e ia para a oficina mecänica do cunhado.
Era um moleque danado. Entre suas encrencas a mais marcante foi quando quase
morreu afogado no Tietë. Aos 20 anos brigou com o cunhado e foi ser cobrador
numa Companhia de Autoviação que fazia a linha Praça do Patriarca-Lapa. Logo
arrumou uma namorada seria feito, no seu emprego, um sorteio para escolha de
defensor da pátria. Para escapar do sorteio, Aristodemo ostentava agora a farde
de soldado de tiro-de-Guerra n*35. Lá ele era a base da Segunda esquadra e foi
escolhido para ser ajudante-de-ordens do Sargento Aristóteles Camarão de
Medeiro natural de São Pedro do Cariri. Seu primeiro dever era saber o hino
nacional de cor. Foi aí que deu valor em Seu Serafim, o professor da Antiga
Escola. O Segunda dever era ensaiar o hino com toda a esquadra. Durante o
ensaio um descendente de alemão sorria em vez de cantar como todos. Disse que
não contava porque não era brasileiro e levou um tapa na cara dado por
Aristodemo que ensaiava à esquadra o hino. O Sargento ao saber, disse apenas
que ouviria testemunhas e iria proceder como fosse de justiça. A justiça foi
feita e beka dizia: O Alemão era desligado do tiro-de-guerra e Aristodemo
apenas suspenso por um dia. O Alemão desligado por falta de nacionalidade e
Aristodemo suspenso por um dia por falta de respeito em relação ao tapa dado no
Alemão Aristodemo, sob conselho do sargento, achou melhor sair do
tiro-de-guerra e hoje trabalha na Sociedade de transportes Rui Barbosa Ltda na mesma
linha da Praça do Patriarca-Lapa.
Amor e Sangue - Grazia não
queria mais falar com Nicolino. Por mais que ele tentasse ela não queria mais
saber dele. Ainda esperançoso foi até o barbeiro cortar o cabelo e fazer a
barba para ver se, mais bonito, reconquistava seu amor. No barbeiro ficou
sabendo que um jovem matara uma moça por um amor não correspondido. Achou
bandidajem tudo aquilo, não amor. Saiu do barbeiro e topou com Grazia. Ela não
queria mesmo saber dele. Nicolino ameaçou até se matar, mas nada dela voltar a
falar com ele. Foi então que ele voltou aborrecido. Mais tarde quando Grazia
conversava com Rosa, Nicolino veio conversar com ela (ou tentar pelo menos)
pela última vez pedir que ela voltasse com ele. A tentativa foi de novo em vão.
Então foi, que, com uma punhalada ele a matou. Disse ao delegado que só matou
porque estava louco e porque era um desgraçado. O estribilho do Assassinato por
amor causou furor na zona.
A Sociedade - O filho de Salvatore Melli chamado Adriano Melli namorava Teresa Rita filha do conselheiro José Bonifácio cuja esposa não gostava nem um pouco do namorado que a filha arrumara. Um dia Salvatore melli e o Conselheiro José Bonifácio fizeram um ótimo negócio juntos. O negócio fora tão bom para ambas que logo seus filhos casaram um com o outro e a mulher do Conselheiro que era contra se apegou com o genro e passou a gostar dele, formando um forte laço de amizade.
A Sociedade - O filho de Salvatore Melli chamado Adriano Melli namorava Teresa Rita filha do conselheiro José Bonifácio cuja esposa não gostava nem um pouco do namorado que a filha arrumara. Um dia Salvatore melli e o Conselheiro José Bonifácio fizeram um ótimo negócio juntos. O negócio fora tão bom para ambas que logo seus filhos casaram um com o outro e a mulher do Conselheiro que era contra se apegou com o genro e passou a gostar dele, formando um forte laço de amizade.
Lisetta - Lissetta
entrara no bonde com Mariana, sua mãe. Logo notara um ursinho, um lindo ursinho
nos braços de uma menina rica. Ficou encontada. Quis tocá-lo, a menina
percebendo abraçou com força o ursinho. A mãe da menina rica achou ruim e nem
respondeu ao pedido de desculpas de Mariana. Lisetta começou a chorar por
querer apenas tocar no ursinho e não poder. Ao chegar em casa Lisetta apanhou
bastante de Mariana pela vergonha que causara. Seu irmão Ugo deu-lhe um pequeno
ursinho, ela de alegria correu para o quarto e fechou-se por dentro com o
ursinho que ganhara do seu irmão.
Corintians(2) VS. Palestra(1) - Miquelina fora até o Palestra Itália ver seu time do coração, o Palestra, jogar contra o rival Corintians. Queria também e torcia para que o astro de seu time, o Rocco, humilhasse o astro Corintiano chamado de Biagio. Mas o que vira foi totalmente o contrário. Seu time perdia por um gol a zero e seu astro Rcco faltando oito minutos para o termino da partida fez penalti em Biagio e o Corintians ganhou o jogo por dois gols a zero. Miquelina saiu de campo nervosa e nada queria.
Corintians(2) VS. Palestra(1) - Miquelina fora até o Palestra Itália ver seu time do coração, o Palestra, jogar contra o rival Corintians. Queria também e torcia para que o astro de seu time, o Rocco, humilhasse o astro Corintiano chamado de Biagio. Mas o que vira foi totalmente o contrário. Seu time perdia por um gol a zero e seu astro Rcco faltando oito minutos para o termino da partida fez penalti em Biagio e o Corintians ganhou o jogo por dois gols a zero. Miquelina saiu de campo nervosa e nada queria.
Notas Biográficas do Novo Deputado - Juca recebera uma carta do administrador da Santa Inácia e, por ela,
soube que o pai do seu afilhado Gennarinho, o compadre João intaliano havia
morrido de uma anemia nos rim. O administrador perguntava ao patrão o que fazer
com a criança. Junto de sua esposa, Dona Nequinha, resolveram trazer o menino
para morar com eles. Tratavam dele como um filho e gostaram dele. Gennarinho
tinha nove anos e causava admiração em Dona Nequinha por sua esperteza. Só não
gostavam do seu nome e o traduziram ficando Januario. Depois resolveram se
preocupar com o futuro do menino. Colocaram-o na escola do Ginásio de São
Bento. O Reitor do Colégio perguntou o seu nome inteiro, ele, com pressa,
respondeu: Januário Peixoto de Faria e foi para o recreio.
O Monstro de Rodas - Morrera uma criança. Uma menina pequena. Durante a caminhada para o enterro mulheres choravam, homens também choravam. Crianças brincavam e faziam apostas. Fora enterrada. De volta para casa olharam para o retrato que publicaram na Gazeta. Pelo retrato admiraram sua beleza, mas de mais nada isso adiantava. O pai tinha ido conversar com o advogado.
Armazém Progresso de São Paulo - O armazém do Natale era célebre em todo o Bexiga por causa das ofertas que fazia dizendo que dava um conto de réis a quem provasse que na sua venda não tinha artigos de todas as qualidades. O filho do doutor da esquina brincava com Natale sobre a oferta tentando achar algo que o arma’zem não possuía. Ele marcava tudo o que comprava na conta do pai só com pseudönimos. O armazém tinha crescido nos últimos tempos graças ao trabalho forte dele e sua esposa a Dona Bianca que suava firme na cozinha. Certo dia Dona Bianca fora servir um eliente por nome de José Espiridião e este meexera com ela. Correu a contar ao marido. Este ao ir conversar com Espiridião fora tapiado na mudança da conversa para o aumento do preço da cebola. Natale voltou para a esposa e perguntou se tinha cara de idiota. Esta fora dormir se vendo no palacete mais caro da Avenida Paulista.
O Monstro de Rodas - Morrera uma criança. Uma menina pequena. Durante a caminhada para o enterro mulheres choravam, homens também choravam. Crianças brincavam e faziam apostas. Fora enterrada. De volta para casa olharam para o retrato que publicaram na Gazeta. Pelo retrato admiraram sua beleza, mas de mais nada isso adiantava. O pai tinha ido conversar com o advogado.
Armazém Progresso de São Paulo - O armazém do Natale era célebre em todo o Bexiga por causa das ofertas que fazia dizendo que dava um conto de réis a quem provasse que na sua venda não tinha artigos de todas as qualidades. O filho do doutor da esquina brincava com Natale sobre a oferta tentando achar algo que o arma’zem não possuía. Ele marcava tudo o que comprava na conta do pai só com pseudönimos. O armazém tinha crescido nos últimos tempos graças ao trabalho forte dele e sua esposa a Dona Bianca que suava firme na cozinha. Certo dia Dona Bianca fora servir um eliente por nome de José Espiridião e este meexera com ela. Correu a contar ao marido. Este ao ir conversar com Espiridião fora tapiado na mudança da conversa para o aumento do preço da cebola. Natale voltou para a esposa e perguntou se tinha cara de idiota. Esta fora dormir se vendo no palacete mais caro da Avenida Paulista.
Nacionalidade - O barbeiro
Tranquillo zampinetti era bem tranquilo. A tarde sentava junto a sua esposa na
calçada e falavam somente na Itália. O único desgosto, que sentiam era esse.
Saudades da terra natal. Ia dormir com a idéia de voltar à pátria na cabeça.
Ele era proprietario de vários prédios em São Paulo. Chorou como uma criança o
Bruno se formou bacharel em Ciëncias Jurídicas e Sociais pela Faculdade de
Direito de São Paulo. O primeiro serviço profissional do Bruno foi naturalizar
brasileiro Tranquillo Zampinetti, cidadão italiano residente em São Paulo.
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