Redação:O Machismo na encruzilhada do politicamente correto
No decorrer da contemporaneidade, visto como negativo, o machismo adentrou a sociedade de tal forma que é tido como natural. Sob o mesmo ponto de vista, a mídia possui eficácia para influenciar não apenas de maneira positiva como também negativa, é evidente esse caráter bifásico no poema “Receita de Mulher” de Vinicius de Moraes e em contraste ao filósofo alemão Schopenhauer.
A princípio, Schopenhauer em sua proposição: “A mulher é um ser de cabelos compridos e ideias curtas”, condiz com o estereótipo no qual a mulher ideal para a sociedade é aquela designada a cuidar dos afazeres domésticos e maternos, isto é, a mídia incentiva a mulher a pensar de maneira retrógrada, de modo que seja criado um padrão para que a mesma seja aceita no âmbito social. Embora nessa faceta negativa, a mídia também exerce influência positiva.
Em contrapartida, Vinicius de Moraes contradiz de forma irônica o modo no qual a sociedade julga o gênero feminino, ou seja, as exigências com o intuito de fazer com que elas se adequem aos paradigmas. Assim sendo, no cenário midiático, é notório o empoderamento feminino, pois este encontra-se mais comum. Mulheres vistas como fora dos padrões conseguiram romper com os obstáculos do preconceito e buscam incentivar outras.
Em síntese, a mídia juntamente com os indivíduos da sociedade têm a obrigação de educar e promover a idealização da equidade entre os gêneros, com o dever de difundir a tolerância em programas e projetos que mostrem um paralelo entre as disparidades entre os gêneros masculino e feminino. No meio literário, deve ser quebrado o padrão da mulher idealizada, em que as mesmas são apenas responsáveis pela consumação do amor carnal, isto é, atribuir à mulher funções mais importantes e não exaltá-las unicamente pela estética.
A princípio, Schopenhauer em sua proposição: “A mulher é um ser de cabelos compridos e ideias curtas”, condiz com o estereótipo no qual a mulher ideal para a sociedade é aquela designada a cuidar dos afazeres domésticos e maternos, isto é, a mídia incentiva a mulher a pensar de maneira retrógrada, de modo que seja criado um padrão para que a mesma seja aceita no âmbito social. Embora nessa faceta negativa, a mídia também exerce influência positiva.
Em contrapartida, Vinicius de Moraes contradiz de forma irônica o modo no qual a sociedade julga o gênero feminino, ou seja, as exigências com o intuito de fazer com que elas se adequem aos paradigmas. Assim sendo, no cenário midiático, é notório o empoderamento feminino, pois este encontra-se mais comum. Mulheres vistas como fora dos padrões conseguiram romper com os obstáculos do preconceito e buscam incentivar outras.
Em síntese, a mídia juntamente com os indivíduos da sociedade têm a obrigação de educar e promover a idealização da equidade entre os gêneros, com o dever de difundir a tolerância em programas e projetos que mostrem um paralelo entre as disparidades entre os gêneros masculino e feminino. No meio literário, deve ser quebrado o padrão da mulher idealizada, em que as mesmas são apenas responsáveis pela consumação do amor carnal, isto é, atribuir à mulher funções mais importantes e não exaltá-las unicamente pela estética.
HemmoPayne
Site com informações sobre violência contra a mulher:
https://erikacrcavalcante.jusbrasil.com.br/artigos/251026383/violencia-contra-mulher
Redação nota mil no ENEM
O tema da redação foi “A persistência da violência contra a mulher”. Mais de 53 mil alunos zeraram a redação enquanto somente 104 conquistaram a tão sonhada nota 1000.
Veja a transcrição literal de um redação nota mil:
Amanda Carvalho Maia Castro
A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de 2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas.
O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de determinismo biológico em relação às mulheres. Contrariando a célebre frase de Simone de Beavouir “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a função social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da construção social advinda da ditadura do patriarcado. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada pelos traços culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato é aumentada.
Além disso, já o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos e a serem recatadas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaça de sofrer violência física ou psicológica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos de violência contra a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, inclusive os de reincidência.
Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas brasileiras dificultam a erradicação da violência contra a mulher no país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil.
Anna Beatriz Alvares Simões Wreden